Compositor: Santiago Balmes Sanfeliu
Não sabes aonde voltei hoje?
Onde costumávamos gritar
Dez anos antes desde agora sem idade
Ainda vive o monstro e ainda não há paz
E nos bancos que escrevemos
Meio às escuras, sem pensar
Todos os versos de Heroes
Com os erros de um moleque, ainda estão lá
E ainda hoje
Escapa do meu controle
Problema e solução
E é que o grito sempre se esconde
É a resposta
E ainda hoje
Somente o grito e a ficção
Conseguem apagar
As luzes de meu negro alerta
Tenho uma faca e é de plastico
Onde costumava haver metal
E o livro estranho que te expulsou do berçário
Suas folhas tive que incendiar
E as barras que separam
A caída mais brutal
Continuam as dois iniciais
Que escrevimos com o compasso
Ali estão
Vertical e transversal
Sou grito e sou cristal
Justo o ponto médio
O que tanto odiavas
Quando tu repetias que
Te afundaras e me afundaras
E somente o grito nos servira
Dizias "é fácil" e costumava começar
É que o grito sempre volta
E conosco morrerá
Frio e breve como um verso
Escrito em língua animal
E sempre está!
Te afundaras e me afundaras
E somente o grito nos servirá
E agora não é fácil
Tu costumava começar
Vertical e transversal
Sou grito e sou cristal
Justo o ponto medio
O que tanto odiavas
Quando tu me provocavas a uivar
E já deu, já há paz
Oh, já há paz
E já deu, já há paz
Oh, já há paz
Porque gritavas?
Eu sei e você não
Não perguntavas
Tu nunca, não